sábado, 29 de novembro de 2014

Yarn bombing - Sintra

Aqui e ali já tinha visto árvores e postes decorados com trabalhos em crochet, mas só hoje ao passar por Sintra e ver várias árvores vestidas a rigor e já com umas bolas a lembrar o Natal, é que fui pesquisar para saber de quem teria sido a autoria de tal ideia mas nada descobri a esse respeito mas fiquei a saber que afinal este tipo de iniciativa faz parte de um movimento global, que se chama precisamente Yarn bombing!
Sabiam? Eu não ...
Mas não há dúvida que trazem não só beleza, cor e diversão  às cidades mas também uma atitude irreverente que nos obriga a parar e olhar para as coisas que fazem parte do nosso dia a dia e para as quais muitos de nós nem ligamos.
Eu parei o carro, saí e fotografei e reparei que todos os que por ali passavam mostravam um ar intrigado logo seguido de um sorriso e só isso já valeu a pena!
Os meus parabéns a quem teve a ideia e o trabalho :)







Podem acompanhar o que se vai fazendo no nosso país aqui.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A soma dos dias

Não sei se é do tempo ou dos dias mais pequenos, se é do cansaço que sinto logo nos primeiros meses de trabalho após as férias, em que sinto que as coisas ainda não correm sobre rodas; mas mais ou menos nesta altura ( que curiosamente coincide quase sempre com o Thanksgiving) sinto uma grande quebra de energia e uma considerável perda de encantamento por aquilo que habitualmente me comove.
 A juntar a tudo isto, com a chegada do frio o meu pai quase sempre piora e infelizmente recebemos recentemente a triste notícia que as metástases, que já tinha nos pulmões, passaram para a coluna. Senti que fiquei sem chão outra vez , tal qual como quando soube que ele tinha cancro, vai fazer 3 anos ...
Ao longo deste tempo vamos aprendendo a conviver com a doença que, sendo incurável, no caso do meu pai, ia-se mantendo estável, o que lhe permitia viver com uma certa "qualidade" de vida ( apesar dos pesares). Este revés fez-me sentir novamente o terror de o perder, o terror de o ver sofrer com dores ... já chorei muito, já me acalmei, tento não pensar no futuro, já basta o que sofro no presente não quero sofrer por antecipação pensando no que o futuro nos reserva.
Já estive com ele, já conversámos, já o beijei e abracei, já lhe afaguei as bochechas já trocámos aqueles olhares que não precisam de palavras ...
Depois de saber da notícia preciso de algum tempo para assimilar tudo e quanto menos socializar melhor, porque até posso estar tranquila mas se vejo alguém de quem gosto e me pergunta se está tudo bem começo logo a chorar; preciso de estar no meu canto e de falar com o menor nº de pessoas.
Ora este fim de semana tinha um almoço com um grupo de amigas de quem gosto muito e que já tinha sido combinado há algum tempo, pensei em não ir mas depois pensei melhor, pensei que tenho de viver, pensei que tenho de usufruir da companhia das pessoas de quem gosto e que me fazem bem, pensei em sair de casa e passear por uma cidade que eu adoro, pensei que só me iria fazer bem viver aqueles momentos que me fazem feliz, seja uma conversa e um sorriso de uma amiga, uma fatia de bolo ou simplesmente apreciar uns azulejos, ou uma varanda de ferro forjado, ou vasos no parapeito da janela ou os candeeiros que só se vêem em Lisboa.
Ainda bem que fui, pelo menos somei um dia feliz à minha vida que não sei se vai ser curta ou comprida ...






O almoço foi no restaurante vegetariano Terra, no Príncipe Real.
Recomendo!




segunda-feira, 24 de novembro de 2014

In bloom

É assim que me sinto quando surge o sol. Demasiada chuva faz-me murchar; não me apetece fazer nada, só me apetece dormir ... acho que somos mesmo movidos a energia solar! 
É nestes dias que aquela ideia de " Ah e tal quem me dera viver na Holanda ou na Suécia" deixa de fazer sentido! Preciso mesmo de sol!
Nem é tanto os dias serem mais pequenos, não me importo de chegar ao ninho já de noite, o que me atrofia é, o pouco tempo que passo na rua, passa-lo a correr com a cabeça enfiada debaixo de um chapéu de chuva, é passar dias a fio fechada numa sala com 20 crianças ...
Preciso de sol e de azul, de poder olhar para as ervas e para os pássaros, de ver as mudanças nas árvores e de ver as crianças a correrem felizes no recreio.
Sol fica mais uns dias por favor !!





sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Descobertas felizes

No período em que estive offline, numa daquelas semanas atipicamente quentes, decidimos ir passar o fim de semana ao Chão Verde na esperança de aproveitarmos um dos últimos dias de praia; claro que em todo o país continuava o calor menos lá! No entanto aproveitamos para conhecer duas praias que ainda não conhecíamos ali perto ( mas só conseguimos encontrar uma) e pelo caminho vimos uma placa a indicar uma ponte romana; estacionámos o carro e lá fomos nós à descoberta da ponte.
Escondida no fundo do vale, parcialmente coberta de heras lá a encontrámos; a luz de Outono coada por entre os ramos dos choupos com as folhas já amarelecidas e o som do pequeno curso de água que por ali ainda passa tornaram o momento especial.
As minhas filhas não resistiram a descalçarem-se e a molhar os pezinhos no rio. Foi um momento bonito que não gostaria de deixar de partilhar aqui.
Quem quiser espreitar a ponte, fica na aldeia de Catribana, freguesia de S.João das Lampas - Sintra :)






Pelo caminho vimos esta planta e trouxe um pé com raiz lá para o chão Verde. Para já está pegadinha! Alguém sabe o nome?





terça-feira, 18 de novembro de 2014

( )

Na correria dos dias é preciso abrir parênteses e, por momentos, abstraírmo-nos da realidade que às vezes é quase claustrofóbica ... parar um pouco, respirar um pouco mais fundo; ficar a observar um gafanhoto (que esteve uma semana parado no mesmo sítio!); apanhar ramos com bagas nas grades da escola ( practicamente foi uma luta corpo a corpo porque o arbusto é daqueles fibrosos que não partem   -_-), levar as mãos aos bolsos e recuperar um fragmento do fim de semana, cheirar. Finalmente já em casa, observar os passarinhos no quintal da vizinha; acender umas velas, não ligar a televisão nem o computador, ficar em silêncio com o gato a ronronar no colo e simplesmente deixar-me estar a ver a chama a tremelicar ... ou então fazer doce de abóbora ou biscoitos com as filhotas; não importa que o resultado final não seja o desejado, o que importa foi o processo, quando se misturam os ingredientes e se põe as mãos na massa, essa é a parte divertida!
Enfim pequenos balões de oxigénio que ajudam a passar os dias...
Fechar parênteses ( tenho de ir trabalhar).





terça-feira, 11 de novembro de 2014

RAIOS E CORISCOS #$@&*§ !!!

Bolas pá! Estava tudo tão planeadinho para ontem irmos ver a apresentação do novo álbum dos Diabo na Cruz na FNAC  do Chiado, logo tinha de chover cães e gatos e a mais velha chegar da escola toda molhada e a queixar-se de dor de cabeça e garganta -_-
RAIOS RAIOS RAIOS !!! Ainda estou furiosa e super frustrada ... queria tanto vê-los, comprar o c.d. dar dois dedos de conversa com eles se possível ...... bosta ... mil vezes bosta :'(

Deixo-vos aqui o 2º single deste álbum : Ganhar o dia
Valha-nos a música para nos alegrar!





segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Por aqui

Chuva, chuva e mais chuva ... passamos do Verão ao Inverno e Outono nem vê-lo .
Estende a roupa, apanha a roupa, estende, apanha, estende , apanha -_-
Mas se temos de sair de casa para ir trabalhar com esta chuva porque não saímos para ir passear? Foi o que fizemos, convidamos uns amigos e fomos lanchar ao Colares Velho, um restaurante/ salão de chá muito acolhedor, onde se está bem em qualquer estação do ano; ou lá dentro no quentinho a tomar um chá à luz das velas ( e muito em breve com o calor da lareira) ou nos dias de sol lá fora no bonito páteo.


Por cá aproveitam-se as últimas maças e faz-se um delicioso crumble, comido ainda quentinho, e depois, a pedido da filha mais velha, fizemos umas Agualvas, com a ajuda do avô que já nem se lembrava da última vez que fez um bolo e com quem a neta teve de "lutar" para lhe arrancar a colher de pau que ele não a largava nem por nada!!




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Sobre a felicidade

Outro dia vi este vídeo neste blogue e gostei imenso pois o autor de uma forma muito descontraída e divertida fala sobre um assunto que nos toca a todos: ser feliz.
Segundo o autor, o professor Clóvis de Barros Filho, " A felicidade é um instante de vida que você gostaria que durasse um pouco mais, um instante de vida que você gostaria que não acabasse logo, um instante de vida que você gostaria de repetir".
O problema é que a maior parte de nós passa a vida a desejar que o tempo passe depressa, que o dia acabe logo e a suspirar de cansaço por saber que o dia de amanhã vai ser uma repetição do dia de hoje ... e assim se passam os dias, os meses, os anos, numa dormência, ansiando por nem sabemos bem o quê, desejando apenas que chegue o fim do dia, que chegue o fim de semana, que cheguem as férias e sem darmos por isso chega o fim da vida.
E isto acontece desde cedo, desde que as crianças entram na escola, retirando-lhes aos poucos aquela energia e aquela alegria própria das crianças pois desde cedo têm "conteúdos" a aprender, objectivos a atingir, espectativas a cumprir e tudo isso é castrador e fomenta a infelicidade que se vai instalando de tal forma que crescemos a pensar que é normal esta sensação e conformamo-nos.
Sobre isso o autor diz : " A escola da tristeza é óptima na verdade, porque ela prepara o profissional para viver o trabalho da tristeza. A escola da tristeza é a melhor preparação para a vida triste."
... Porra pá ... dá que pensar ... e eu penso tanto nisto, não faço outra coisa nos últimos tempos ( eu sei que volta e meia falo nisto mas " it's my party and i cry if i want to" ) ... eu só quero ser feliz, e eu só vivo uma vez. Mesmo.
Durante muito tempo conformei-me; de todo o lado me chegava a frase batida  que a vida de adulto não é fácil, que passamos por fases mais difíceis mas que é mesmo assim, que os tempos não estão fáceis e blá blá blá ... mas estou a chegar ao meu limite, cansei, neste momento vou trabalhar com um grande sacrifício, portanto já há algum tempo que ando  a pensar no plano B, um projecto que, agora,nesta fase, faz sentido para mim e que eu imagino que me faria feliz mas como exigirá muito de mim e como recairá tudo sobre os meus ombros, sinto e sei que ainda não é o momento, pois ainda tenho muito para aprender, portanto comecei a pensar no plano C que não exigirá tanto de mim e que, espero, me trará silêncio e tempo para pôr as ideias em ordem e quem sabe " descobrir a minha praia"!