Dos sítios onde fui feliz ...
Agra é um daqueles sítios que ficou gravado no coração. Se tivesse de escolher um sítio para viver seria aqui ou noutra aldeia do Minho.
O verde dos lameiros, os rios e ribeiros de águas cristalinas, as casas, as pedras, as gentes ... tudo faz sentido ali, apetece-me puxar para os meus ombros toda aquela paisagem e enroscar-me como num cobertor.
A 1ª vez que demos com Agra foi numas férias de Verão, chegamos ao fim da tarde e ficamos em casa da D. Maria; à porta ouvia-se o som da água que corre sem parar por toda a aldeia, numa espécie de valas que passam rente às casas. De manhã tínhamos pão, marmelada caseira e manteiga também ela caseira, o que me encantou foi o desenho na manteiga, que eu nunca tinha visto, sei agora que são as formas ( ou cornas) que enfeitam as "bicas" de manteiga, e que manteiga!
Passamos parte do dia a passear ao longo do rio Ave onde mergulhávamos nas inúmeras piscinas naturais, o que, para quem me conhece bem, sabe que é o céu!
De regresso a casa ouviam-se os chocalhos do gado a regressar dos campos.
Ali vive-se devagar e com o que a terra dá; é uma vida dura disso não tenho dúvidas mas gostava tanto de ter a oportunidade de viver assim ...
Anos depois voltamos lá, ficamos na Casa do Cruzeiro, voltamos ao rio e dessa vez o que mais nos tocou foi ter encontrado um cão que nos tinha adoptado nas férias anteriores e que, quando nos viu levantou-se de onde estava, veio na nossa direção a abanar o rabinho e não mais nos largou nos dias que passamos lá :)
... Tenho tantas saudades do Minho ... e das férias também !
Casa da D. Maria
Casa do Cruzeiro
Ponte sobre o Rio Ave
Rio Ave com as suas piscinas naturais
( fotos daqui )
Manteiga artesanal e respectiva forma
( imagem encontrada neste blogue que por sinal é muito interessante)
eu que vivo no campo precisava de uns dias assim. não me farto de campo, de verde, de bichos e de coisas boas. este fim de semana há o festival da transumância, tenho pena de não ir.
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