quinta-feira, 28 de março de 2013

OMG OMG OMG

 Quero lá saber qual a receita secreta da coca cola , qual o segredo de Fátima ou o que surgiu  1º  se o ovo ou a galinha ...
Finalmente descobri como se faz o bolo xadrez !!! Que emoção ! É a descoberta do século para mim !
 
Sentai-vos e acalmai-vos que o segredo está prestes a ser revelado .... rufem os tambores !

Et Voilá
 

 
A aparição ocorreu aqui
 
Boa Páscoa :)
 
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

A cismar

A aldeia onde cresci já não é a minha aldeia; é a aldeia de quem agora cresce lá mas já não a sinto como minha.
Falta tanta coisa e tanta gente ... quando passo há portas fechadas; janelas desconjuntadas que reflectem o vazio e a escuridão que agora vive naquelas casas; há ervas daninhas que invadem os páteos onde antes havia roupa nos estendais e galinhas a esgravatar o chão; há terrenos abandonados onde antes se viam costas vergadas e sachos no ar ; há vidros , betão e geometrias rectas onde antes havia pedra, telha e cal; há gente que eu já não conheço e há uma grande nostalgia de passar e já não ver a minha avó paterna a presidir à "Assembleia " ... a Assembleia era onde os velhotes ( e já eram velhos há 30 anos atrás ) se juntavam a meio da tarde, a Assembleia era umas tábuas corridas em cima de uns tijolos contra a parede caiada da casa da minha avó onde se sentavam e  falavam de tudo e de nada e onde se viam passar os carros na estrada ali mesmo rente aos seus pés e que milagrosamente nunca houve nenhum acidente; hoje, já só a minha avó, com os seus 90 anos, é viva, todos os seus amigos e vizinhos morreram e sinto que ela também já partiu há muito.
 Sinto tantas saudades do rio da Luísinha; o rio da Luísinha era um pequeno lago, de águas leitosas por causa do sabão azul e branco, que interrompia num círculo o curso de um regato que ali passava onde as mulheres lavavam a roupa nas suas joelheiras  e as esfregavam vigorosamente nas lajes ásperas do rio, eu gostava de ir para lá com a minha avó e ver aquela arte de passar o sabão na roupa, fazê-la ondular na água, torcê-la com um movimento mágico de mãos e pulsos e braços e depois estendê-la na erva a corar ... que saudades ... depois, com a melhor das intenções, penso eu, a junta de freguesia, canalizou o regato e construiu uns lavadouros e um parque infantil e quebrou irremediavelmente aquela bolha social de sabão azul e branco onde nunca mais ninguém foi lavar, torcer e estender roupa até aos dias de hoje ...

Ontem quando cheguei a casa dos meus pais, a minha filha e o meu sobrinho estavam a brincar com este pedaço de madeira, que eu já não via há anos; foi o meu pai que pintou, quando era solteiro e ainda vivia em casa dos meus avós, a pintura não representa a minha aldeia mas representa tudo o que já foi e que já não é  ...

 
( e eu tive a feliz ideia de acrescentar uns pormenores e avivar as cores quando era criança e a apanhei a jeito -_- )
 
 
Não resisto a deixar aqui mais uma vez esta passagem do livro Cal que acho que consegue ilustrar tão bem aquilo que sinto ...
 

"às vezes ,a cismar na pena de ter visto tanta coisa que passou e que nunca mais se voltará a repetir, a cismar na pena das pessoas que conheci, a recordar-me de como foram alegres, de como sofreram e de como desapareceram das suas vidas, das suas casas e, depois, da memória de todos aqueles que foram nascendo e vingando e que, hoje, passam pelas ruas da vila, sem conseguirem sequer imaginar que, antes, havia pessoas que tinham as mesmas arrelias, as mesmas ilusões, e que passavam por essas mesmas ruas . "

José Luís Peixoto - Cal

segunda-feira, 25 de março de 2013

E foi assim

Conversas parvas e gargalhadas que só temos com aquela amiga e se fôr com uma bela tosta e um capuccino a acompanhar num cafézinho com vista para o mar melhor ainda :)


*

 
Um convite inesperado para assistir ao concerto dos Munford and sons que foi um arraial super animado do príncipio ao fim !

 *
 
Uma surpresa ao fim de dois anos, quando estava convencida que já não cresceriam mais caules depois de eu ( ignorantemente ) os ter cortado quando as orquídeas caíram .
 
 
 
Família junta para celebrar o aniversário do meu marido com muitas conversas cruzadas à mistura, bolo , chá,  gargalhadas dos miúdos e sem tempo para tirar fotos :)
 
Boa semana !
 
* fotos tiradas pela minha amiga.

quarta-feira, 20 de março de 2013

COOOORTA

Escrevi o argumento, decorei as falas e quando ia começar a gravar ... COOOORTA !
Lembram-se deste "filme", ou este ou até mesmo este  ?
Pois é, descobri tardiamente que alguém já tinha escrito e produzido a mesma história e o filme até já estava a ser exibido em quase todas as "salas de cinema" da blogosfera sendo um sucesso de bilheteira !
Como é que eu não vi ? Como é que eu não soube ? ... talvez por se escrever da mesma maneira em português e inglês, então os sites que me apareceram quando comecei a pesquisar eram maioritariamente americanos ... constatei que era uma ideia gira e com pernas para andar pois estava convencida que ainda não havia nada do género em Portugal...
Não é que não haja espaço para dois projectos similares mas o timing não podia ser pior e iria parecer que a minha ideia era uma mera imitação.
Fiquei desanimada, pois até já tinha encomendado as embalagens, e desisti ...
Já vos aconteceu terem uma ideia muita gira e por ironia do universo alguém ( que nem conhecemos )se antecipa e apresenta a mesma ideia ?
 
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Good things : concertos

Há precisamente um ano atrás fui ao concerto da Feist e se já gostava de a ouvir antes ainda fiquei a gostar mais depois do concerto !! A DO REI !!

 

domingo, 17 de março de 2013

Por aqui XI






So much to see

Ontem fui a Lisboa de manhã entregar uma das minhas caixinhas a uma amiga que conheci aqui na blogosfera e que fui conhecendo um pouco melhor no facebook :)
Lisboa é realmente uma cidade especial que nos prende o olhar e o coração e que nos faz querer conhecê-la mais e mais e mais ; a sua disposição um pouco labírintica e caótica com ruas e ruelas que se entornam por todo o lado; os edífícios, quais caravelas quinhentistas, que ondulam nas suas sete colinas com as cortinas desfraldadas nas janelas onde aparecem, não sabemos se velhinhas se piratas com os seus lenços e bigodes ; os azulejos das fachadas; as pedras da calçada laboriosamente combinadas formando padrões intricados que muitas vezes escapam aos nossos olhos; as lojinhas ; os candeeiros; os alfarrabistas ... e poderia continuar a enumerar os encantos desta cidade torta, velha e linda que me faz ter vontade de voltar uma e outra vez para tentar absorver mais um pouco e trazer um bocadinho dessa  magia comigo !
Andei apenas pelo Chiado; gosto da vibe cosmoplita do Chiado, gosto de ver as pessoas, as lojas, os cafés, os alfarrabistas e tenho saudades de andar por lá com tempo.
Ontem fui para conhecer essa amiga por isso a máquina ficou na mochila, o tempo também não ajudou pois não parou de chover mas fiquei com muita vontade de voltar.
 
imagem daqui
 
Quando já estava na Estação do Rossio à espera do comboio, olhei com olhos de ver  para os painéis de azulejos que adornam uma das paredes; apesar de ter estudado em Lisboa durante 4 anos e apanhar diariamente o comboio nesta estação nunca prestei muita atenção a estes painéis que representam os ex líbris da nossa indústria na década de 50  e que segundo li aqui  "São azulejos produzidos em 1958, na Fábrica de Santana, tendo sido encomendados pelo então Fundo de Fomento de Exportação e assinados por Lucien Donnat e Amaral"
 


 
 
No regresso a Sintra preferi manter os olhos mergulhados num livro para não ficar deprimida com a paisagem que me acompanhou durante toda a viagem ... que cartão de visita senhores, quem vai de Lisboa a Sintra de comboio (ou vice versa) deve ficar muito mal impressionado com o que vê, a paisagem urbana dos subúrbios que ladeiam a linha de Sintra vão de mal a pior, que degradação  :(
 
 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Traição

Como lidar com a traição ? Como lidar com a perda de confiança ?
É complicado quando pomos as nossas mãos no fogo por aquela pessoa e ela nos desilude desta maneira ...
"Ah e tal foi só uma vez. " ... " Não volta a acontecer " ...
Mas e se eu não visse ? Voltaria a acontecer ? Dir-me-ias a verdade ? ...
Como é que ele pôde pôr os sacos da reciclagem no caixote do lixo ? Como ?
Está decidido, vou pedir a guarda do ecoponto doméstico só para mim !
Homens ...

sábado, 9 de março de 2013

Por aqui X

Hoje aproveitamos que a chuva nos deu umas tréguas e fomos dar um passeio ao sítio do costume ...





 
E acabamos a tarde a comer o melhor bolo de chocolate do mundo e arredores :)
 
 
Bolo Sofia de Colares na Pastelaria Casa Fina em Arneiro dos Marinheiros ( perto de Magoito )
 




 
 

terça-feira, 5 de março de 2013

Na cozinha

No fim de semana tentei fazer pastéis de nata pela 1ª vez. Sempre pensei que devia ser uma receita do arco da velha, dificílima de fazer e nunca me dei ao trabalho de ver sequer a receita.
Outro dia no meio do meu livro de receitas encontrei uma página de uma revista qualquer com essa receita e as fotos tinham um ar tão irresístivel que acabei por ler a receita e pensei "SÓ ISTOOOOO ? MAS É FACILÍMO !! "; arregaço logo as mangas, chamo a minha ajudante de cozinha e lá começamos a fazer os nossos pastéis de nata; de facto é muito fácil mas acho que a temperatura que sugerem na receita é demasiado baixa ( 180ºC ), o que aconteceu é que o creme ficou demasiado cozido e não chegaram a ficar tostadinhos ... parecia mais uma queijada, mas estavam bons na mesma e comeu-se tudo num instante :p
Alguém tem Aquela receita de pastéis de nata fácil e que não falha ? 
 

 
 
Já agora deixo aqui a receita que usei :
 
- 1 embalagem de massa folhada
- 2 pacotes de natas
- 8 colheres de açucar
- 8 gemas
 
Forrar as forminhas com a massa folhada.
Misturar as gemas com o açucar e as natas, levar ao lume em banho maria até o preparado engrossar ( demora um bocadinho ), quando o recheio estiver cremoso tira-se do lume e deixa-se arrefecer, depois pôe-se uma ou duas colheres de sopa do creme nas forminhas e vai ao forno.
Na receita sugerem aquecer o forno a 180ºC  mas na minha opinião, como o creme já foi cozinhado em banho maria, é preferível pôr a temperatura bastante mais alta para tostar por cima e o suficiente para cozer a massa.
O que é que acham ?
 

segunda-feira, 4 de março de 2013

True love

Apresento-vos a avó Misau e o seu gatinho Fukumaru, vistos pelos olhos / lentes da sua neta e fotógrafa Miyoko Ihara.
Fiquei encantada com as fotos pois conseguem transmitir aquela cumplicidade e o amor que se sente por um animal de estimação que mais que isso é um membro da nossa família.
Vejam estas e outras fotos no site da Miyoko.


 
 

 
 

 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Just stop for a minute II

Quando se fala no Cacém, Rio de Mouro, Mem Martins ou qualquer outro subúrbio da linha de Sintra pensamos logo em dormitórios descaracterizados, atentados urbanísticos e selvas de betão; em parte é verdade mas por outro lado esquecemo-nos que em tempos estas cidades periféricas já foram aldeias, com todas aquelas características rurais da zona saloia, com as suas casinhas, moinhos, fontes e quintas .
De manhã, a caminho do trabalho, passo por Rio de Mouro Velho, que, como o próprio nome indica, é a parte mais antiga de Rio de Mouro, então ainda há bons vestígios desses tempos passados; há quintas habitadas pelas novas gerações e em bom estado de conservação, depois há as outras cuja patine do tempo já se faz notar, mas são estas as minhas preferidas.
Outro dia, antes de deixar a filhota mais velha na escola e ir para o trabalho, encostei o carro por um minuto e tirei algumas fotos a detalhes que me tocam particularmente nas manhãs em que por lá passo; entre os olhares desconfiados de quem por mim passa a o olhar de " já não há pachorra " da minha filha lá consegui tirar estas fotos  ( que não fazem jus à sua verdadeira beleza ... às vezes custa captar aquele je ne sais quoi ) .
 





 
Junto desta Quinta há uma outra cujo casarão ardeu há uns anos atrás, o curioso é que o jardim está sempre impecávelmente tratado com os arbustos sempre aparados, o difícil é fotografar já que o senhor anda sempre por lá e tem cara de poucos amigos ... um dia meto conversa com ele; se calhar até é um velhote fofinho a precisar de dois dedos de conversa ...