sábado, 3 de janeiro de 2015

Literatura Infantil - Quando eu nasci










Sei que este ano não vai ser fácil e tenho medo do que possa aí vir ... tenho sempre este espinho cravado no coração, continua a ser-me muito difícil lidar com a doença do meu pai e o medo de o perder é demasiado doloroso.
 Mas não quero viver na escuridão, " quero nascer a cada momento para a eterna novidade do mundo" porque só nos é dada uma oportunidade; quero encontrar as mãos das minhas filhas no outro lado do túnel de areia, sentir o sol na cara e a água do mar no corpo, maravilhar-me com as árvores, as flores, os rios e as cidades, abraçar e beijar as minhas filhas, dar-lhes colo, olha-las nos olhos e dizer-lhes que as amo , quero continuar a saborear e a cheirar o que me é familiar e me faz feliz e descobrir novos cheiros, novos sabores, novas paisagens ... quero continuar a descobrir sempre mais um bocadinho todos os dias.



2 comentários:

  1. Olá Dulce, o texto é lindo e como tu própria demonstras, porque te identificaste, serve para as mais variadas idades. É natural que te sintas desencorajada e em baixo, e não custa nada eu dizer-te que não podes ficar assim, e sim tens que te pôr forte para ajudar o teu pai. Fácil de dizer, muito difícil de concretizar! não sofras por antecipação, é das piores coisas que podemos fazer...Beijinhos e desejos de que tudo vá correndo pelo melhor! estaremos deste lado para te ouvir, caso precises...

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