Nunca fui uma pessoa que me questionasse muito sobre quem sou, o que faço, para onde vou ... a verdade é que a vida tem-me corrido bem , sem grandes sobressaltos; as coisas vão acontecendo, vou tomando as minhas decisões e não há assim nada de que me tenha arrependido muito.
No entanto de há um ano para cá, com a doença do meu pai e o colégio onde eu e o meu marido trabalhamos ( e que é um negócio de família ) a cair a pique , tenho-me questionado bastante sobre quem sou, o que faço e para onde vou ...
O que a doença do meu pai me ensinou, e que eu noto uma diferença brutal na maneira como lido com tudo o resto, é a relativizar. Se fosse antes, a ideia de eu e o meu marido perdermos o emprego, simplesmente faria com que ficasse absolutamente aterrorizada; curiosamente sinto uma tranquilidade que nestas circunstâncias é mesmo muito estranha ... parece que "secretamente " até quero que aconteça para mudar de rumo, embora ainda não saiba muito bem por onde ir...
Não é que eu não goste daquilo que faço, mas sinto que está a ser-me dada a oportunidade de mudar e viver mais segundo os meus parâmetros e não os que a sociedade convencionou como normais a seguir.
O velho provérbio que diz que "quando se fecha uma porta abre-se uma janela" tem muito de verdade; acho que é nas adversiadades em que tudo o que construimos começa a ruir que começamos a questionar-nos e a sermos obrigados a pensar num plano B e a sair da nossa zona de conforto; é aqui que temos oportunidade de saber quem realmente somos e o que queremos; a resposta nunca é clara, até porque acredito que estamos em constante crescimento e transformação, mas, como já aqui foi comentado esta é a altura de seguirmos os nossos sonhos .
O meu sonho por ser tão simples parece quase utópico ... mas nele falarei num outro post :)
É verdade, quem me dera que não precisássemos desses momentos de ficar sem chão para mudar o que não está bem ou ganhar coragem para seguir os nossos sonhos, mas infelizmente muitas vezes é preciso isso acontecer. Que tudo corra bem, da melhor maneira e com o melhor final possível! E estou curiosa para saber mais sobre esse sonho talveznãotãoutópico ;)
ResponderEliminarBeijinhos
É verdade Adriana, se as coisas no trabalho estivessem a correr bem, embora eu paralelamente continuasse a sonhar com outra vida, continuaria sem dúvida a fazer o que faço, mesmo já não me sentido realizada; assim, mesmo o futuro me parecendo um pouco assustador, sinto-me entusiasmada por poder dar um outro rumo, com o qual me identifico mais, à minha vida e à da minha família.
ResponderEliminarDepois conto ;)
Obrigada ! Um abraço